quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mensagem do dia do Pastor

O segundo domingo do mês de junho é um dia importante, não apenas por que é o dia dos namorados, mas também porque é o dia do pastor. Confesso que nestes dias terríveis, não há um trabalho tão ingrato quanto o de pastor. Frequentemente igualados à essa classe de usurpadores e ladrões que, embora não seja a maioria (sim, a maioria dos pastores brasileiros é honesta e sobrevive com muito pouco), ocupam muito espaço no cenário midiático. E ser comparado com essa gente cansa! Porém, o chamado de Deus na vida do verdadeiro pastor faz com que ele passe por cima do seu orgulho, pisoteie o ego e continue exercendo sua tarefa. É claro que nem tudo se resume à este mundo. Assim, nós pastores aguardamos o dia em que Deus nos dará a recompensa (mesmo que neste mundo não recebamos nenhuma). E é por amor a ele e às pessoas que nem sempre sabem reconhecer e retribuir o amor do pastor, que seguimos em frente. Nosso coroa está no céu!
À seguir, apresentamos em algumas linhas um pouco do que significa ser pastor:
Ser pastor é amar, ainda que o seu amor não seja correspondido.
Ser pastor é visualizar o que ninguém consegue ver e acreditar que sonhos podem se tornar realidade.
Ser pastor é abraçar o menino, já pensando no obreiro de amanhã!
Ser pastor é conversar com os anciãos da igreja, mesmo que a história deles já tenha sido contada várias e várias vezes, e ter no olhar o respeito por aqueles que já trilharam há muitos anos o seu caminho.
Ser pastor é apresentar sua ovelhinha ao senhor, tenra e pequena, sob o olhar emocionado dos pais.
Ser pastor é se despedir de um irmão querido, ovelha que cuidou com tanto zelo, mas que foi chamado novamente pelo senhor, chorar por ele e dizer: até breve amigo…
Ser pastor é estar no casamento, falando à noiva de branco, trêmula e emocionada, e ao noivo ansioso que segura a mão da amada, que a vida é bela, mas trará desenganos.
Ser pastor é sorrir quando o coração está chorando, é abençoar quando na sua própria vida só existem provas, é tentar secar as lágrimas da mãe desesperada que sofre com os filhos, ou aconselhar a esposa desiludida com o marido.
Ser pastor é ser cumprimentado na rua e ao mesmo tempo ver alguém disfarçando para não cruzar o olhar com o seu.
Ser pastor não é o título, é o homem que se torna, a palavra que se vive todos os dias, as dificuldades que são superadas e os testemunhos que vão se formando.
Ser pastor é ser simples, tendo os olhos sempre fitos no campo: afinal, as ovelhas estão sempre em movimento.
A todos os colegas pastores, um feliz dia!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Testemunha de ex-muçulmana


A iraniana Mina Ahadi mora há catorze anos na Alemanha, mas pouquíssimos amigos sabem exatamente onde.
Desde que ela criou o Conselho de Ex-Muçulmanos, entidade de apoio a pessoas que abdicaram da fé islâmica, passou a receber ameaças de morte que a obrigam a viver quase reclusa.
Renunciar ao Islã é considerado entre muçulmanos uma ofensa grave, punível com pena de morte em países como o Irã, que Mina foi obrigada a deixar depois que os aiatolás tomaram o poder, em 1979.
Então uma líder estudantil, ela foi perseguida pela Guarda Revolucionária, teve o marido executado e sua cabeça posta a prêmio.
Conseguiu asilo político na Áustria e depois se mudou para a Alemanha, onde hoje chefia os Comitês contra a Execução e o Apedrejamento.
Execuções públicas são freqüentes em Teerã?
Não, fazia muito tempo que isso não ocorria. Trata-se, claramente, de uma nova tática do regime para infundir o terror na população.
As prisões estão lotadas. Há, inclusive, crianças e adolescentes aguardando fazer 18 anos para ser executados.
Praticamente todos os dias eu recebo chamadas de condenados me pedindo ajuda. Ontem à noite, minha filha pediu que eu desligasse o celular: “Mãe, vamos ver um filme sossegadas. Vamos ficar pelo menos uma noite sem ouvir más notícias”. Eu desliguei o aparelho, e hoje de manhã havia sete mensagens, uma delas com voz de criança. Ela falava baixo, provavelmente porque não podia falar alto: “Por favor, por favor, atenda ao telefone, eu preciso de ajuda”.
Que crime essas crianças e adolescentes cometeram?
Alguns são acusados de assassinato, outros de envolvimento com drogas. Mas os julgamentos muitas vezes se baseiam no testemunho de uma única pessoa, ou num comportamento que o estado considera criminoso, como o sexo entre dois homens ou duas mulheres. Estou em contato com a família de dois adolescentes presos porque um deles gravou no seu celular cenas de sexo que teve com o outro e as imagens caíram nas mãos da polícia. Foram condenados à morte por apedrejamento. Como acontecem muitas vezes, os familiares não querem ajuda.
A senhora pode descrever uma execução por apedrejamento?
Ela acontece em geral ao amanhecer. A pessoa condenada tem as mãos amarradas nas costas e é envolta em uma mortalha branca. Fica totalmente embrulhado nesse pano, o rosto também. Então, é colocada de pé num buraco fundo e coberta de terra até o peito, no caso das mulheres, e até a cintura, no caso dos homens. Dependendo da condenação, é o juiz quem atira a primeira pedra. Mas pode ser também uma das testemunhas. Se a vítima é uma mulher sentenciada por adultério, por exemplo, tanto o seu marido quanto a família dele podem lançar as primeiras pedras. A lei diz que elas têm de ser grande o suficiente para machucar a vítima, mas não para matá-la no primeiro ou segundo golpe.
A senhora se considera uma ex-muçulmana?
Sim, desde os 15 anos, quando deixei de fazer minhas preces. Nas últimas décadas, em muitos lugares, o islamismo tornou-se uma ferramenta de manipulação política, e não uma religião restrita à esfera privada. Há muito tempo esse Islã deixou de fazer sentido. Hoje, para mim, ele significa apenas barbárie e crueldade

sábado, 4 de junho de 2011

PR. JOTINHA - ELE EVANGELIZOU LAMPIÃO




ANDOU COM DANIEL BERG E GUNNAR VINGREN

Autor da versão do hino 001 da Harpa Cristã "Chuvas de Graça" (dentre outros), o pastor José Rodrigues, de 99 anos, um dos pioneiros da Assembléia de Deus, amigo de Daniel Berg e Gunnar Vingren – fundadores da Assembléia de Deus – José Rodrigues, mais conhecido como J.R. ou “Jotinha”, é o único da 1ª geração da AD que permanece vivo.
Nasceu em Cafarnaum da Galiléia, Israel, descendente da tribo de Judá, em 24 de junho de 1910, no mesmo ano que se iniciava a Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Em 1911 seus pais vieram refugiados para o Brasil. Seu nome de origem é Josefus Rerullu.
Autor de diversos corinhos cantados na Assembléia de Deus, como o “Eu quero ser senhor amado como um vaso na mão do oleiro...”, que compôs em 1950. Muitos hinos da harpa cristã também levam as iniciais J.R.: 01, 05, 08, 84, 96, além de outros.
Dentre os hinos de sua autoria, J.R. afirma que o mais cantado é o número 1 da Harpa Cristã “Chuvas de Graça”. “Todos foram escritos em momentos marcantes da minha vida, mas o 01 é o mais lembrado. Esse hino até os ímpios cantam”. J.R. explicou ainda o segredo que faz os hinos da harpa, apesar de muito antigos, sobreviverem às inovações. “Os hinos avulsos vêm e passam, mas os clássicos da harpa cristã permanecerão até a eternidade. Foi Deus quem inspirou os autores que compuseram em constante oração”.
O Pastor José Rodrigues é uma prova viva da obra que Deus tem realizado ao longo da história e um rico patrimônio da Assembléia de Deus que vai ficar marcado na memória de todos. Um comentário do pastor chama a atenção: não se casou e nunca teve sequer namorada.
Uma vida de inteira dedicação à obra de Deus! (‘Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado’ 2 Coríntios 12:15).
Hinos que traduziu ou adaptou:
001-Chuvas de Graça
005-Ó desce fogo santo
008-Cristo, o fiel amigo
084-O grande "Eu sou"
096-Deixa penetrar a luz

Em 1932, J.R. e um grupo de irmãos passaram por uma experiência inusitada. Enquanto caminhavam pelo sertão de Pernambuco para evangelizar os vilarejos, sem alimento adequado há dias, foram surpreendidos por um bando de cangaceiros que lhes indagaram quem eram e para onde iam. J.R. disse que iriam evangelizar vilarejos. O cangaceiro perguntou se eram eles os missionários da “nova seita” que pregavam o bem, o que foi confirmado.
No mesmo instante o cangaceiro mandou seus capangas retirarem da bagagem farinha de mandioca, rapadura e carne seca e oferecer aos missionários itinerantes. Após orarem agradecendo a Deus pela provisão de alimentos, pregaram o evangelho. Perguntaram ao cangaceiro seu nome e tiveram uma resposta imprevista: “Virgolino Ferreira da Silva – mais conhecido como Lampião” - bando que atuou no sertão nordestino por 20 anos.

'E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores' Ef 4.11