terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PERDOAR BARRA DOENÇAS E PROPORCIONA SENSAÇÃO DE PAZ

Perdoar é um ato amoroso que demanda muita reflexão, mas, quando praticado, barra doenças e proporciona uma perene sensação de paz.

Conteúdo do site Bons Fluidos
Perdoar proporciona uma deliciosa sensação de liberdade...
Foto: Getty Images

Uma técnica havaiana, chamada oponopono, que significa "amar a si mesmo", prega a cura interior antes de trabalhar o que está fora. Em outras palavras: à medida que você se cuida, seu mundo se modifica para melhor. Segundo o escritor e arquiteto Carlos Solano, essa técnica, usada para fazer prosperar a condição da casa, também pode ser adotada em prol dos relacionamentos amorosos, familiares e profissionais. "Eu sinto muito, eu te amo" é um dos mantras do oponopono, uma amorosa forma de dizer perdão. "Acho que o fato de perdoar, seja um acontecimento, seja uma pessoa, afeta a estrutura inteira de sua vida. Tanto faz escolher perdoar-se primeiro ou a outra pessoa. O que conta é entrar na frequência do perdão, que libera o peso do passado e abre caminhos", a firma Solano.

Perdoar, afinal, não remete apenas ao outro, mas, primeiro, a si mesmo. E isso, acredite, faz um bem danado: para a saúde do corpo, para o bem-estar da alma, para os relacionamentos e é uma habilidade que pode ser aprendida e praticada por qualquer um por meio dos mantras do oponopono ou até por exercícios de autoanálise.

O perdão ajuda você a ter controle sobre seus sentimentos, é uma habilidade que pode ser aprendida e praticada em sua rotina. Isso significa tolerar o motorista que deu aquela fechada no trânsito, desculpar a atendente da loja pelo mau humor, se perdoar por sentimentos negativos, ações incorretas e histórias passadas.

O bem que faz para a saúde!

Segundo o especialista Fred Luskin, perdoar ajuda a barrar o desenvolvimento de problemas cardíacos e reduz os índices de câncer e outras doenças ligadas aos sentimentos negativos. Além disso, traz o delicioso sentimento de paz. "Paz na mente, no corpo e no espírito. Há um grande alívio por não precisar guardar mais ressentimentos, rancores e mágoas. No início da prá­tica, a paz surge em pequenas on­das, mas, com o tempo, vai tornando a pessoa mais forte, mais cal­ma e capaz de enfrentar outras dificuldades", afirma.

Luskin ensina seu método. Ele mostra, por exemplo, que precisamos aprender, primeiro, a desculpar as pequenas atitudes do dia-a-dia. As coisinhas que incomodam, como o fato de o seu parceiro ter esquecido de levar o cachorro para passear. Outros pontos em que o psicólogo americano toca: cada um de nós deve reconhecer que ninguém é perfeito - inclusive a gente mesmo -, aceitar o que não podemos mudar e ter paciência consigo. O pesquisador já exercitou o método de trabalho com casais, jovens e profissionais de empresas. Uma de suas experiências mais marcantes foi um projeto realizado na Irlanda do Norte com famílias que perderam os filhos por causa da violência política e religiosa. "Ao conseguir perdoar os assassinos de seus filhos, as mães deixaram a depressão e o pessimism o, adquirindo força para lidar com isso", conta.

Para o teólogo Francisco Catão, escritor e professor de teologia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), existem duas categorias de pessoas quando o assunto é perdoar: as que entendem o perdão e as que não entendem. "Essa atitude é a caixa-preta da paz", afirma. E, assim como as teorias de Luskin e a técnica havaiana do oponopono, o teólogo Catão acredita que o ato de perdoar possibilita um grande aprendizado - sobre o outro e sobre si próprio - e coloca as relações humanas em outro patamar: "É o nível do amor, o que falta na humanidade hoje", finaliza. Então, que tal começar o ano treinando o perdoar? Quem mais ganha com isso é você.

Por que é tão difícil perdoar?

Para a neuropsicóloga e terapeuta cognitiva Maria Carla da Silva, existe a dificuldade de perdoar porque as pessoas confundem o perdão com uma demonstração de fraqueza, quando ele é justamente o contrário: sinal de força de caráter, altruísmo e amor à vida. "É uma alforria da dor e existe em três dimensões temporais. Quando você perdoa, liberta o passado, ocupa o presente da maneira certa e vê esperança no futuro. O perdão permite nos reconciliar não só com as pessoas mas também com a própria vida", diz Maria Carla. No campo neurológico, ela explica que o perdão equivale a um banho de vida, já que o sistema límbico é favorecido. "As memórias negativas se apagam e o cérebro e todo o organismo são recompensados porque ficam livres de um fardo energético."

Perdoe!!!

Amor exemplo!

Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. (1 João 4:19)

       "Nada é mais poderoso do que o amor de Deus."

Bem-Amado

            Um amigo descreveu sua avó como uma das maiores influências em sua vida. Ao longo de sua vida adulta, ele manteve o retrato dela próximo à sua escrivaninha, para lembrar-se de seu amor incondicional. “Realmente creio”, disse ele, “que ela me ajudou a aprender a amar”.
            Nem todos tiveram uma experiência similar com o amor humano, mas, através de Cristo, cada um de nós pode se sentir amado por Deus. Em 1 João 4, as palavras que se referem ao amor ocorrem 33 vezes e o amor de Deus através de Cristo é citado como a fonte do nosso amor por Deus e pelos outros. “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10). “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós…” (1 João 4:16). “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19).
            O amor de Deus não é uma torneira que goteja lentamente ou um poço que precisamos cavar para nós mesmos. Ele é uma torrente de água que flui do Seu coração para dentro do nosso. Seja qual for nosso meio familiar ou as nossas experiências de vida – se nos sentimos amados pelos outros ou não – podemos conhecer o amor. Podemos beber da inexaurível fonte do Senhor para conhecer Seu amoroso cuidado por nós, e podemos dá-lo aos outros.
            Em Cristo, nosso Salvador, somos bem-amados.
                                                                                          David C. McCasland